Arujá - moramos em uma cidade...



Moramos em uma cidade...
                                                                                    que não é de verdade!


          O Centro dá uma configuração à cidade. Conhecer a cidade é importante. Moramos numa cidade, cujo Centro não é de verdade, seu local de nascimento é uma construção, um artifício. Faz parte de Arujá, que é uma cidade em (re) construção, onde prédios e casas são demolidos, e a presença do novo é constante.

Praça Dalila - Centro da Cidade - Data:1986
"Quando ruas se tornam avenidas, casas e prédios são demolidos, relações humanas são quebradas..."


          Em Arujá, o viajante é convidado a visitar a cidade diversas vezes ao mesmo tempo, porque muda tanto. Sua geografia urbana vai se modificando. Diversas pessoas em diferentes lugares, mas no mesmo solo, nascem e morrem sem se conhecerem, incomunicáveis entre si. Mas a geografia urbana vais sendo retocada. É inútil querer saber se estes são melhores do que os antigos, dado que não existe nenhuma relação ente eles, da mesma forma que os velhos cartões-postais não representam o Arujá do agora, mas uma outra cidade que por acaso também se chama Arujá. Assim as vidas se renovam de mudança em mudança, através de cidades que pela exposição ou pela pendência ou pelos cursos d'água ou pelos ventos que se apresentam com alguma diferença entre si.  Deste modo a cidade repete uma vida indêntica deslocando-se para cima e para baixo em seu tabuleiro vazio. Os habitantes arujaenses voltam sempre a recitar as mesmas cenas com paisagens diferentes. A cidade vai mudando de porte, são prédios que são demolidos, ou lojas que dão lugar a outras mercadorias de escoamento.